quinta-feira

Bate – Papo com William Cardoso, local de Balneário Camboriú e campeão do último Oakley Santa Catarina Surf Pró.




Topei com William Cardoso nos bastidores do Maresias WQS International e o anfitrião fala um pouquinho sobre como é disputar uma competição em casa, sobre sua polêmica bateria nas semi-finais contra Simão Romão, no último WSQ e sobre seu novo apelido: Panda.


“ Este ano já começamos o evento bem, por que no ano passado não tivemos um primeiro dia muito bom...” recorda William. “ Ontem estava com uma formação excelente, a galera quebrou altas ondas. Final de tarde entrou um vento Sul e prejudicou um pouco a formação. Hoje de manhã, com a entrada do terral a previsão é que o dia seja melhor. Ainda não tá muito legal por causa da maré seca, mas assim que encher com certeza vai rolar altas ondas aqui, durante a semana toda...”



“ Ano passado eu terminei em 48º, mas esse ano eu estou um pouco melhor. Eu estive machucado, fiquei fora durante três meses, mas estou vindo de uma seqüência muito boa resultados, fui campeão no WQS, na Espanha, em Setembro, cheguei nas semi, agora no Arpoador, então eu to vindo forte aí pra subir mais posições.”


Sobre o apelido:



“ A gente tava na Europa competindo, eu o Pedro Henrique e o Robson Santos, em Hoosegor na França,vendo aquele filme do Panda...de madrugada, eu tava fazendo muito barulho dentro da cozinha e eles começaram a zoar...pô, panda...tá foda...(risos...)Um dia eu tava num programa e a Diana (Bouth) liberou ao vivo e todo o pessoal do surf fica me chamando de panda. Mas eu já tive vários apelidos, os caras sempre me gastam falando que eu sou o Shrek...Mas tá tranqüilo, não tem problemas não...”
William ainda agradece o apoio da galera, não só de Balneário Camboriú, mas de todo o Brasil, que torce por ele.



“ Durante a última semana, no Arpoador, eu recebi muita mensagem maneira, principalmente depois que eu tive uma das baterias mais polêmicas do campeonato, talvez a mais polêmica do ano. Foi meio difícil de engolir. Mas eu sei do meu potencial, sei o que eu posso fazer em cada bateria Então eu quero agradecer a quem torce por mim e dizer que eu to dando um gás pra ir pro WCT e elevar o nome de Balneário Camboriú, realizando o sonho de muita gente.”
Sobre a polêmica bateria contra o carioca Simão Romão, a critica não é pessoal e nem ao surfista. A questão é que o julgamento das ondas e manobras acaba sendo subjetivo, e os critérios as vezes não são totalmente entendidos nem aceitos.



“ Eu fiz o meu papel e o Simão fez o dele. Cada um buscou fazer as suas duas melhores ondas. Mas a bateria já começou meio estranha, por que na bateria anterior eu não tinha surfado tão bem e as notas estavam maiores. Eu fiz uma primeira onda muito boa, mas eles deram um 5, 5. Eu acabei não entendendo por que eu tava seguindo uma linha de surf, e as notas estavam vindo mais altas... Mas eu ganhei um campeonato aqui na segunda-feira, e to bastante focado para esta competição e para a bateria de amanhã.”



William ainda comenta sobre seus amigos e pra que está torcendo, além dele, claro.
“ Ah, a gente sempre viaja muito e acaba fazendo muitos amigos... Torço por eles, Alon Campestrini, Marcos Pastro, mas nesse evento específico eu estou torcendo pro Pedrinho (Henrique). Ele tá na porta do WCT e não pôde ir pras Canárias, então eu quero muito que ele se dê bem e some pontos. Eu sempre viajo com ele, e agora estou na torcida!”



É o espírito do Surf.





Direto do Canto do Morcego, na Praia Brava, Thaís Mureb, exclusivo para o Câmera Surf.

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