Eu sei
Pq ninguém vê quando eu choro
Talvez alguém me escute…
Se na calada eu imploro
Todos me conhecem
Mas pra poucos eu me mostro
E cada um que me desvenda jamais esquece.
Aposto.
Quem?
Ajuda quando eu peço socorro?
Quem?
Me acompanha, acelera se eu corro?
Quem?
Me diz que eu to viva
Quando eu acho que eu morro?
Nos dias mais sombrios
Os iluminados são poucos.
Quem vai pagar minha dívida no morro?
Quem vai ser suicida, sem desgosto?
Quam vai ser companhia em agosto?
Quando o vento uiva e queima o rosto...
Quem?
Será que tu tem alguém?
Será que na vida todos os caminhos
Podem me levar para o bem?
Será que a batida é só o meu ritmo
E no fundo é ela que me tem?
Ou se tudo é confuso, por vermos além
Dos futuros onde estão nossos transtornos?
Adornos?
Só para enfeitar minha alma...
Me enfeito de palavras
E vocábulos me acalmam...
Sentimentos inexatos muitas vezes não me bastam
E discursos, mesmo mudos,
Muitas vezes só afastam...
Não sei ponderar sentimentos
Desconheço o pequeno, o fugaz
Todos querem amor de momento
Mas não suportam o todo
Pq o todo do amor
É sempre demais para o outro.
Entornos?
Vivendo em torno
Do fogo
Nem perto demais pra que me queime
E nem tão longe que não me aqueça
Desperto pra mais uma sequencia
De sequencias que me esclareçam
Buscando um pouco da essência
A cada rima minha terça
Só querendo ser resistência
Mesmo que nada permaneça.
E se quiser viver...
To aqui pra vc
Desejando e esperando tudo que possa ser
E se eu sei que pode
Com certeza eu faço
Muitas vezes o ato é o que torna isso fácil.
E me adora, é tátil
Me devora, volátil
Vamos nos dois lá pra fora
Que nosso instinto é ágil
Contigo eu fico frágil
A mente se trona álibi
Não sei como eu ajo
Me entrego...
Ou se fujo...
Queria seu abraço
Queria seu sorriso
Seu cheiro no pescoço
Queria tanto muito
E o muito mais um pouco
Queria tudo isso
Sem ser daqui a pouco.
Nunca me dei bem com horas
Quanto mais perto eu quero
Mais elas me demoram
Quanto mais acho incerto
Mais elas me devoram
E quanto mais o peito aberto
Mais e mais me apavora.
E agora?
O que crio quando vc vai embora?
Como rio se sua sombra ta lá fora?
Seu sorriso me vem de súbito
E me transtorna.
Me transforma seu jeito simples
Que mesmo assim não entendo
Sua frieza me deixa triste
Mas raramente eu aparento
A imagem do seus olhos que já não me abandona
E quando fecho os meus enxergo seu colorido
E dentro deles vejo todo o infinito
Que a sua liberdade me toma.
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